Faixa de Gaza: entenda melhor.


A Faixa de Gaza é um território no Oriente Médio com baixo desenvolvimento, é um dos lugares mais conturbados do mundo por causa das presentes disputas.

O território designado como Faixa de Gaza foi dominado durante séculos pelo Império Otomano. A posse da região só mudou de dono com o término da Primeira Grande Guerra Mundial, quando os britânicos passaram a ter o controle do local. Após o término da Segunda Grande Guerra Mundial a situação ficou mais tensa no Oriente Médio e foi criado o Estado de Israel. Os conflitos que se ligam à criação e à existência deste fizeram com que a região de Gaza recebesse milhares de refugiados palestinos que foram expulsos de Israel.

O termo “Faixa de Gaza” tem origem na Antiguidade, o nome é uma referência à principal cidade da região, Gaza. O local é situado no Oriente Médio e faz fronteiro com o Egito, ao sul, com Israel, ao norte e leste, e banhado pelo Mar Mediterrâneo. Com aproximadamente 41 Km de extensão, a Faixa de Gaza apresenta largura que varia entre os 6 e 12 Km, totalizando 360 Km². O território foi dividido em cinco partes: Rafah, Khan Yunis, Dayr AL-Balah, Cidade de Gazae Norte de Gaza. É uma região árida de clima temperado, marcada por ser plana, tendo como maior altitude 105 m.

A região apresenta precárias condições de vida, não há infra-estrutura adequada e consequentemente a economia é extremamente debilitada. Apenas 13% das terras da Faixa de Gaza são aráveis. Mesmo sem oferecer condições, a Faixa de Gaza é um dos territórios mais densamente povoados da Terra, conta com 1,4 milhões de habitantes no pequeno território referido anteriormente. Sua população é extremamente marcada pela religião islâmica, sendo mais de 99% dos habitantes fiéis muçulmanos. Entre estes se destaca ainda a soberania dos muçulmanos sunitas. O restante da população professa a fé cristã, mas não soma sequer 1% dos habitantes. A língua mais falada na Faixa de Gaza é o árabe, seguida pelo hebraico.

O território da Faixa de Gaza é extremamente conflituoso, é disputado e ocupado militarmente por outros países. Há um constante clima de tensão na região por causa de correntes conflitos. A região não é oficialmente reconhecida como parte integrante de algum país soberano, a Faixa de Gaza é toda cercada por muralhas nas divisas com Israel e com o Egito. A Autoridade Nacional Palestina, contudo, reivindica a região como território pertencente aos palestinos.

A inconsistência sobre quem é o verdadeiro dono do território da Faixa de Gaza gerou vários conflitos no local. Além disso, fazem parte do conflito as características religiosas dos habitantes do local, os quais se chocam principalmente com os israelenses. Israel, por sinal, ocupou militarmente a região entre junho de 1967 e agosto de 2005. Hoje ainda, Israel é o responsável pelo controle do espaço aéreo e do acesso marítimo à Faixa de Gaza.

No ano de 2007, em junho, um confronto armado envolvendo o Fatah e o Hamas transferiu o controle da Faixa de Gaza para o Hamas.

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Hamas


Hamas é a sigla de Ḥarakat al-Muqāwamat al-Islāmiyyah (em português, Movimento de Resistência Islâmica). O grupo tem origem palestina e baseia-se na ideologia sunita. A organização divide-se entre as brigadas Izz ad-Din al-Qassam(braço armado), um partido político e uma estrutura de cunho filantrópico. Com essa formação, o Hamas é considerado um dos movimentos islâmicos e fundamentalistas mais importantes da Palestina. No idioma árabe, o vocábulo Hamāstem o significado de “cordialidade, calor, ardor e entusiasmo”.
A origem do Hamas remete ao ano de 1987, quando o grupo foi instituído a partir da Primeira Intifada, manifestação da população da Palestina contra a ocupação de Israel. Seus criadores foram Mohammad Taha, Abdel Aziz al-Rantissi e Ahmed Yassin.

O Hamas chegou ao poder na Palestina no início de 2006, quando foi o grupo vencedor das eleições do Parlamento, totalizando 76 de um total de 132 assentos no governo palestino, vencendo o grupo Fatah, que ficou com apenas 43 cadeiras. Após a consolidação do Hamas no poder, a organização entrou em diversos conflitos com o Fatah. Entre esses confrontos, mais de cem cidadãos palestinos ficaram feridos e 12 morreram. Após a realização da Batalha de Gaza, ocorrida em 2007, aconteceu uma das primeiras baixas do Hamas. O grupo foi enfraquecido na Autoridade Palestina na Cisjordânia, área em que foi suprido pelo Fatah. Porém, após novos embates, o Hamas conseguiu expulsar o Fatah, controlando totalmente a região de Gaza.

Diversos países como Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Japão, Israel e Canadá, afora outras nações que compõe a União Europeia (UE), consideram o Hamas como um grupo de caráter terrorista, notavelmente por possuírem as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam que, como já foi citado, são seu braço militar. Em outras regiões, que incluem Brasil, Noruega, Rússia e África do Sul, o Hamas não é visto como uma frente terrorista. No caso da Jordânia, onde o Hamas manteve bases até o final dos anos 1990, o rei Abdullah acabou por destituir a sede do grupo e banir seus líderes, pois a presença da organização em seu território causava desentendimentos entre o governo de Israel e o da Jordânia.

Em 2011, Ismail Haniya, líder do Hamas, reprovou a força-tarefa norte-americana que acabou por matar Osama bin Laden, considerado o responsável pelos atos terroristas de 11 de setembro de 2001. Além disso, Haniya categorizou bin-Laden como um "Guerreiro Sagrado", conferindo às ações do exército dos EUA o status de assassinato.

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