DOAÇÃO - POEMA - ODENILDE NOGUEIRA MARTINS


Alumiava no varandão o candieiro a querosene 
Embalando canção de ninar o som do regato,
A paz da noite sentimento perene,
Perfumava o ar, um doce cheiro de mato.

Pirilampos cortavam lá fora a escuridão, 
De voos tão esquisitos povoada,
De horas soltas e morna lassidão, 
Lua branca de beleza inchada.

Morcegos, aves da noite, mordiscam
As ameixas maduras da árvore generosa 
Braços abertos, dá sem reservas
O doce néctar de sua fruta saborosa.

ODENILDE NOGUEIRA MARTINS

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